14 de mai. de 2009

GUIA SOBRE GRAVIDEZ

Gravidez: a lista completa de exames

Conheça os procedimentos obrigatórios e os extras

O resultado positivo confirmando a gravidez é o primeiro de uma série de exames até o parto. Há os testes de rotina, que todas as gestantes devem fazer, e os específicos, que investigam malformações ou doenças congênitas, geralmente recomendados para mulheres acima dos 35 anos, com histórico familiar de doenças genéticas ou problemas de saúde, como diabete e hipertensão.

Além das avaliações clínicas, é por meio deles que você vai saber se o seu bebê está se desenvolvendo bem. Confira os exames básicos, aqueles que devem ser feitos em casos específicos e os que a grávida pode optar por fazer ou não.

Para todas as gestantes

Sangue, urina e fezes
Quando a gravidez é constatada, faz-se uma espécie de check-up para ver como está a saúde da mãe. Além do hemograma e glicemia de jejum, avalia-se o tipo sanguíneo, fator Rh, presença do vírus da aids e de anticorpos que indicam se a mãe já teve doenças que durante a gravidez podem comprometer a formação do bebê, como rubéola, hepatite B, citomegalovírus, toxoplasmose e sífilis.
Exames de urina e de fezes detectam infecções urinárias e parasitoses.
Ultra-sonografias Normalmente são feitas quatro ultra-sonografias durante os nove meses.
No primeiro trimestre da gravidez, o exame checa o número de embriões e sua localização — se estão dentro do útero e não nas trompas.
Entre a 12ª semana e a 14ª semana, calcula, além do desenvolvimento, o tamanho da nuca do bebê (translucência nucal) e a medida do osso nasal, parâmetros que indicam o risco de síndrome de Down. Como em 25% dos casos a translucência pode resultar em falso negativo, alguns obstetras pedem um exame de sangue específico para identificar o problema.
Na 20ª semana, é a vez do ultra-som morfológico, que analisa a anatomia do feto e mede o tamanho dos ossos e dos órgãos. O exame diagnostica 90% das malformações. Quando há suspeita de anomalias, confirma-se o diagnóstico com o ultra-som 3D, que fornece imagens tridimensionais. Quando necessário.
Entre a 32ª semana e a 35ª,mais um ultra-som, agora associado à Doppler velocimetria, avalia a circulação do sangue materno para a placenta e desta para o bebê. Esse exame pode ser indicado durante toda a gestação para mães hipertensas ou com doença que impede o bom funcionamento da placenta.
Teste de diabete gestacional Por volta da 24ª semana, faz-se um exame de sangue para avaliar o nível de glicose no sangue. Se o resultado der alterado, recomenda-se um exame mais completo, com sobrecarga de açucar.
Cultura da secreção vaginal Esse exame, feito por volta da 35ª semana, começa a se tornar rotina na prevenção de infecções neonatais. A cultura de material coletado do colo do útero aponta a presença ou não de estreptococos no canal de parto. Se a bactéria não for eliminada, o bebê pode ser contaminado no nascimento.

Em casos especiais

Biópsia vilocorial (12ª semana)

Por meio da coleta de tecido da placenta, com uma agulha fina introduzida na barriga, esse exame detecta malformações de causa genética.

Amniocentese (15ª à 20ª semana)
Investiga doenças genéticas, como a síndrome de Down, por meio da coleta do líquido amniótico. O resultado demora de 10 a 20 dias, mas uma parte do líquido retirado pode ser submetido ao exame de Fish, uma técnica que acelera o resultado. Em 72 horas, é possível avaliar as cinco principais doenças cromossômicas, responsáveis por 95% dos problemas.

Ecocardiografia (a partir da 20ª semana)
Checa o coração do bebê, quando a gestante tem histórico de problemas cardíacos ou quando há suspeita de malformação cardíaca.

Cardiotocografia (depois da 26ª semana)
Confere oscilações na freqüência cardíaca do feto para saber se o bebê está em sofrimento. Na reta final da gravidez, é o exame utilizado para observar a regularidade das contrações uterinas,que provocam aceleração dos batimentos cardíacos no bebê.

Perfil biofísico fetal (a partir da 26ª semana)
Averigua o comportamento e a vitalidade do bebê pela ultra-sonografia em gestações de risco, como diabete e hipertensão, que podem comprometer o desenvolvimento da placenta.

Curiosos demais
O exame de sangue PCR (Polymerase Chain Reaction), que identifica fragmentos do cromossomo Y no sangue materno, desvenda o mistério do sexo do bebê a partir da 6a semana (a margem de erro é de 1%). É bem antes do sexo provavelmente ser revelado pelo segundo ou terceiro ultrasom. Segundo especialistas, em apenas 0,01% dos casos o PCR é realizado por indicação médica, quando existe a possibilidade de doenças ligadas ao desenvolvimento do bebê.


5 coisas sobre o sono na gravidez

As principais dúvidas das gestantes sobre o sono durante os nove meses

1. CADA UM COM SEU SONO:
A tendência é que você se sinta mais sonolenta graças à queda de pressão, natural no período. Mas isso varia de caso para caso. Quem sofre com insônia pode se beneficiar na gravidez.

2. PROFUNDIDADE:
O número de horas que você dorme pode ser irrelevante se o estágio de sono profundo não for atingido. Para tanto, é preciso ter um sono tranquilo, sem interrupções.

3. ALIMENTAÇÃO:
Estômago e intestino ficam mais preguiçosos durante a gestação. Você dormirá melhor se optar por refeições leves à noite.

4. POSIÇÃO DELICADA:
No início da gestação, durma como preferir. Quando a barriga crescer, opte por dormir virada para o lado esquerdo, pois isso favorece a oxigenação do bebê.

5. ELE FICA ACORDADO:
É comum que o feto se mexa enquanto você dorme. Durante o sono, o ambiente intrauterino fica melhor para ele se desenvolver, graças aos hormônios que você libera.

5 maneiras de preparar o seio para a amamentação

Especialistas lembram que não há comprovação científica sobre o sucesso das recomendações

· Sempre que possível, tome banho de sol nas mamas, por até 15 minutos, no horário das 8h às 10h. · Opte por sutiãs de algodão: são mais higiênicos e deixam a região mais ventilada. · Passe uma bucha vegetal nos seios enquanto toma banho, para estimular os mamilos. · Se o seio rachar durante a gravidez, use vaselina pura ou produtos à base de lanolina. · Conchas de amamentação ajudam a estimular o bico durante a gravidez.


Gravidez: Ácido fólico previne parto prematuro

Um estudo mostra que mulheres que tomam suplemento vitamínico de folato um ano antes de engravidar ou mais reduzem a chance de ter o bebê antes da hora

As mulheres que pretendem engravidar já sabem que é preciso tomar ácido fólico pelo menos três meses antes da concepção - e continuar durante o primeiro trimestre da gravidez. Um novo estudo revela que o suplemento pode reduzir o risco de parto prematuro se for usado um ano antes ou mais.
Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, analisaram cerca de 35 mil grávidas matriculadas em um estudo para investigar síndrome de Down. E o resultado sugeriu que aquelas que tomaram o suplemento de ácido fólico por um tempo maior tinham 70% menos risco de ter parto prematuro entre a 20a e 28a semana e 50% menos chance de o bebê nascer entre a 28a e a 32a. semana.
Segundo dados do estudo, uma possível explicação é que a duração da gravidez reflita condições dos primeiros estágios da gestação ou até mesmo antes da concepção.


Por que tomar ácido fólico?

Já está comprovado que o folato (ácido fólico), uma vitamina do complexo B, é fundamental para que a coluna do bebê se desenvolva corretamente, evitando defeitos do tubo neural, como falha no desenvolvimento do cérebro e medula espinhal.
Como essa etapa acontece durante as primeiras quatro semanas da gestação, os especialistas recomendam um suplemento de ácido fólico pelo menos três meses antes da concepção, e até a 12a. semana da gravidez. Isso porque, embora alguns alimentos -- como vegetais de folhas verde-escuras, frutas e grãos (feijões) -- tenham essa vitamina, a quantidade não é suficiente.
Outra sugestão dos médicos é que todas as mulheres em idade fértil tomem 400 mcg (microgramas) de ácido fólico todos os dias. Converse com seu médico sobre essa orientação.

Corrimento na gravidez

A ginecologista e obstetra Carolina Carvalho responde a dúvidas sobre o assunto

Carolina Carvalho Ambrogini ginecologista e obstetra da Universidade Federal de São Paulo
Corrimento é comum durante a gestação, mas você precisa tratá-lo porque pode oferecer risco à sua saúde.
Corrimento na gestação é normal?
Sim, mas antes precisamos diferenciar secreção de corrimento. A secreção aumenta na gravidez, tem cor esbranquiçada ou transparente e não causa irritação. O corrimento é decorrente de uma infecção por fungo ou bactéria, causa coceira e tem cor de nata de leite (um branco mais forte) ou amarelo. O mais comum é a vaginose bacteriana, que se prolifera por alteração do pH. Tem cheiro forte, como o de peixe cru, e é amarelado.

Qual deve ser o tratamento?
Em alguns casos, indicamos creme vaginal e antibióticos permitidos para grávidas (a mulher não pode tomar os comprimidos comuns). Ela deve usar calcinha de algodão (para garantir melhor transpiração local) e evitar roupas apertadas: fungos e bactérias adoram locais úmidos e quentes.

Sem cuidados, o que pode ocorrer?
Pode causar desde ruptura da bolsa, parto prematuro até infecção no pós-parto. A grávida precisa se cuidar.

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